Recessão: O Processo de Redução da Riqueza




Quando se passa a utilizar o termo recessão é sempre interessante desde logo se identificar a intensidade com que se processa essa ocorrência. Assim, diríamos que temos uma “bolha recessiva” quando entendermos ser um caso pontual e isolado dentro de um contexto maior. Noutro sentido se poderia recorrer ao termo “processo recessivo”, e neste caso estaríamos a identificar algo que se refere a uma tendência, e que se mostra restrito, mas antes tem aspecto de ser fenômeno mais amplo. Pois bem, como entender o que vem atualmente acontecendo na economia mundial? Infelizmente se trata de um processo, que foi antecedido por algumas bolhas no mercado internacional, que alguns leram como aviso de mudanças, e que outros criticaram os primeiros adjetivando-os como analistas pessimistas.
Outro ponto a ser tratado quando se trata de crise é saber de onde ela se origina, o seu centro difusor. Nos anos noventa, quando as economias em desenvolvimento entravam em crise por conta principalmente da supervalorização das suas moedas, associada à manutenção de déficits de balança de pagamento mantidos via financiamento com empréstimos externos, e cuja limitação por conta de contas deterioradas levava à escassez de crédito, usava-se o termo “bola da vez” para o país vítima de tal percalço.
Estiveram nesta posição, para citar os casos mais consagrados, os tigres asiáticos, a Rússia, o México, a Argentina e o Brasil. E por conta disto, de modo geral, tais países redirecionaram suas políticas econômicas visando o equilíbrio financeiro.
Pois bem, na atual situação a “bola da vez” não se encontra nos países em desenvolvimento, mas nos países desenvolvidos. Assim, poderíamos dizer que o Brasil, como país em desenvolvimento, deixou de ser exportador de crise para ser importador de crise. Esta parece ser a percepção. Desta vez não fazemos o papel de locomotiva, mas apenas de vagão nesse trem recessivo. Isso faz com que a crise interna ainda seja mais branda do que a que se processou no mundo desenvolvido, e que acabou por assumir o papel de centro difusor da crise, capitaneado pela indigestão de crédito do mercado norte-americano, que levou os EUA a inaugurar a onda recessiva em dezembro de 2007.
De positivo neste mundo onde se esgota o primeiro decênio do século XXI se retomou a visão da importância da intervenção dos estados na condução das economias, deixando de lado o dogma econômico da “mão invisível”, repetindo a reação do fático 1929, produzido a partir da fé liberalista. Os governos mais do que nunca parecem acordar de sua viagem aos campos oníricos do capitalismo perfeito. De fato, deram jeito de sumir com a tal mão, e o que vemos são maciças intervenções de governo tentando salvar mega-empresas, dentre as quais a prima dona General Motors, algo inimaginável até por adversários políticos do modo de produção capitalista.
A recessão vai assim produzindo os seus estragos. Espécie de quinto Cavaleiro do Apocalipse vai dizimando o emprego do trabalho e tornando o capital ocioso por conta do esfriamento da demanda abatida nos seus dois pilares: o consumo e investimento, numa diretriz deletéria onde a demanda anêmica contamina a produção que, na perda de seu vigor, ameaça a renda com a praga da anorexia.
No último dia 13 de fevereiro o noticiário informava que a União Européia perderá a queda de braço, e os 27 países membros viram seu PIB cair pelo segundo trimestre seguido, contraindo em 1,5% nos últimos três meses de 2008, após perder 0,2% no terceiro trimestre. Para se ter idéia da situação, o desemprego no Reino Unido atingiu a pior taxa desde 1998 chegando 6,3% da população ativa, estando em recessão pela primeira vez desde 1991, depois que a economia do país registrou forte desaceleração nos últimos dois trimestres de 2008, sendo que no quarto trimestre, o PIB britânico registrou uma contração de 1,5% em comparação com o trimestre anterior, período também marcado por um índice negativo.
Ainda na Europa, também Espanha entra em recessão pela 1ª vez desde 1993 sua economia registrou no final de 2008 a mais acentuada queda da atividade em 15 anos, jogando o país em uma recessão, também já vivida por Itália e Alemanha.
Outro caso grave foi o Japão, surpreendendo pela profundidade do buraco, sua produção industrial caiu 9,6% em dezembro, maior queda de atividade desde 1953, e as perspectivas não são alentadoras já que seu o governo prevê queda de 9,1% na atividade da indústria e, para fevereiro, a expectativa é de queda de 4,7%.
Há que se lembrar que o país do sol nascente, é a segunda economia mundial, e a maior asiática, mas os indicadores do seu PIB apenas ratificam a situação com a sua economia sofrendo no quarto trimestre de 2008 sua pior contração desde 1974, queda de 12,7% do Produto Interno Bruto (PIB), acusando o terceiro trimestre consecutivo de crescimento econômico negativo no Japão.
Os grandes pacotes econômicos tão comuns aos brasileiros agora ocorrem por lá, o governo norte-americano tenta emplacar algo em torno de 780 a 820 bilhões de gastos salvadores, o governo nipônico também tem pretensão de colocar em torno de 110 bilhões. As medidas econômicas estão sendo tomadas a questão é saber quando elas conseguirão modificar as expectativas, para que as pessoas novamente passem a acreditar na economia.

09 de março de 2009

Gilberto Brandão Marcon,Professor da UNIFAE, Presidente do IPEFAE, Economista, pós-graduado em Economia de Empresas, com Mestrado Interdisciplinar em Educação, Administração e Comunicação.

Saúde: Atendimento Privado Insuficiente e Público Deficiente



Ao se centrar o foco sobre a prestação de serviços de saúde nos dias atuais verificamos de um lado uma prestação quantitativamente insuficiente e qualitativamente inadequada que faz com que o cidadão que realmente dependa do sistema fique temeroso em viver momentos de terror explicito. De outro lado, temos um pequeno número de empresas privadas que dominam o mercado, criando aquilo que em teoria microeconômica se denomina de mercado com estrutura de oligopólio, onde este reduzido número de firmas antes preferem manter preços similares que se enfrentarem em concorrência.

Ao observar tal situação o que se conclui é que o que falta no setor é concorrência. E não se trata apenas de concorrência entre as empresas que o compõem, mas a principal delas, a da atuação do serviço público. Não se trata nem de discutir os limites éticos de ganhar em torno da questão saúde, mesmo porque não creio que se atingiu a suficiência do atendimento ético de critérios menos filosóficos, como o político e econômico. No plano político o cidadão não recebe retorno adequado em serviços a partir dos impostos que paga. No plano econômico, o consumidor está em posição desvantajosa, ou seja, falar dos aspectos humanísticos da questão seria beirar a abstração filosófica.

A saúde é um item básico dentre as necessidades humanas. Neste sentido o Estado deveria garantir um mínimo que, para começo de atitude, em casos de urgência evitasse filas e exames marcados para longo prazo, assim como valores irrisórios às instituições que se mantém filiadas ao sistema de saúde pública. Falta uma efetiva gestão profissional, um pouco de espírito privado no sentido de defender a instituição pública como se fosse sua, como de fato é, porém dentro de um espírito coletivo e não do oportunismo individualista.

É o fracasso da atuação do setor público que faz com que a população busque no atendimento privado o que seria uma espécie de atendimento diferenciado, no sentido de melhores instalações, ou até de atendimento especial, ou seja, buscar o que deveria ser um luxo, um atendimento especial, e não para suprir o básico como vêm ocorrendo.

Conseqüência disto é que a população tem que se virar buscando o atendimento privado para suprir o básico, e as operadoras de saúde não precisam oferecer muito mais do que isto, já que o setor público não é um fraco concorrente. No mais, estabelece-se o ajuste amigável entre as empresas do setor, e de modo geral se tem a coisa nivelada por baixo, e mesmo assim se consegue reajustar seus preços acima da inflação passada, o que garante uma subida de preços real ao longo do tempo.

O atendimento privado é claramente insuficiente para atender à sociedade, não são mais do que empresas que visam lucro, e como tal buscam esta maximização. Atuam a partir da interação de estatística e seguridade; assim, quanto mais jovem, mais barato; mais idoso, mais caro. Pelo que se sabe, quando se envelhece a situação de renda costuma piorar, assim como a saúde, e neste sentido a alma privada não atende à necessidade social. Não apenas isto, não são todos os que nascem com saúde, ou que em algum momento da vida a vê comprometida. Neste caso passam a ser clientes desinteressantes, a serem descartados em perícias cujo objetivo final é livrar a empresa de ter prejuízo com o indivíduo doente.

Ou seja, a alma privada destas empresas não se associa aos aspectos essenciais da vida social, e que envolve a vulnerabilidade física da velhice e da doença que geralmente vem acompanhada pela insuficiência financeira. No mais, é um fornecimento de serviço associado à contrapartida sob a forma de seguro, ou seja, a ideia que está por detrás é se pagar, mas sem desejar usar. Porém, é prestação mensal e associada a carências: reviravoltas na vida do usuário que não consiga pagar a sua mensalidade levarão à perda da garantia de atendimento.

Culpa das empresas? Não. A questão não é culpa, mas sim essência privada. E de minha parte, nada mais do que uma visão realista da questão. Não se está a questionar o direito de ganho dos envolvidos no atendimento de saúde privada, mas sim de garantia de atendimento por parte do Estado. Neste sentido, em havendo um atendimento público eficiente, o mercado do setor privado há de ficar mais emagrecido, a concorrência será maior e produto diferenciado; o ganho existirá, possivelmente menos dilatado.

Mas enquanto isto não vem o governo ainda sofre do modismo liberal dos anos noventa e insiste em privatizar o que deveria ser de sua obrigação e controlar com as tais agências os setores que atuam com concessões, embora mantenha para as mesmas áreas os ministérios. Tem neste caso a ANS, Agência Nacional de Saúde, que numa escala de 0 a 1 (0,1,..0,5...0,9), que seria o mesmo que de 0 a 10, deu nota zero a 482 planos de saúde, o que equivale a 36% das 1.327 operadoras avaliadas pela ANS.

Outros 15% das empresas conseguiram um desempenho considerado bom (de 0,60 a 0,79), enquanto a maioria das operadoras, em torno de 40%, obteve nota média, entre 0,4 e 0,59: sendo que nesta faixa está metade dos consumidores brasileiros de plano de saúde. Eis, portanto, as notas do serviço privado de saúde que compramos.

Bem sabemos que ao comparar o serviço privado com o público, percebemos que o primeiro ainda é melhor; imagine, então, qual seria a nota do serviço público seguindo as mesmas proporções. Eis um enfoque do problema para os cidadãos pensarem, e para os raros homens públicos aproveitarem a oportunidade que têm de ocuparem cargos onde representam a coletividade de fazerem por ela.



05 de março de 2009


Gilberto Brandão Marcon, Professor da UNIFAE, Presidente do IPEFAE, Economista, pós-graduado em Economia de Empresas, com Mestrado Interdisciplinar em Educação, Administração e Comunicação.

Fatores Determinantes do Desemprego Crescente



Em Teoria Econômica, mais especificamente no campo da análise macroeconômica, ao fazer das flutuações da produção objeto de estudo, adota-se como variável determinante a demanda total (ou procura total), ou seja, é efetivamente o gasto nas economias que faz com que exista produção, e a esta fica associado o emprego do capital e do trabalho. Neste sentido a redução da demanda implica a redução do capital e do trabalho, ocasionando simultaneamente capacidade ociosa indesejada e desemprego do fator trabalho. Por seu lado, a demanda é fomentada pela renda da economia, onde os agentes econômicos podem usar apenas aquela que é sua, mas também recuar terceiros, ou seja, se utilizar do crédito para assim efetivar seu gasto. Neste sentido, alterações na renda ou no crédito produzem alterações na demanda.

No que tange a percepção de renda própria, esta remunera o capital e o trabalho. Assim, temos remunerando o primeiro: a taxa de lucro, a taxa de juros e os alugueis, enquanto no segundo, os salários e os pró-labores. O esfriamento da demanda implica a queda da produção que desemprega parte dos fatores capital e trabalho, que por conta disto tem sua renda total reduzida, levando em momento seguinte à redução da demanda global. O desemprego, por seu lado, reduz as expectativas de renda futura atuando sobre a redução da oferta de crédito, novamente afetando a demanda em sentido negativo. Por vezes árida, a teoria se faz necessária para explicar o fenômeno em questão. E o que aqui está exposto mostra, de modo ideal, o que ocorreu a partir da crise das hipotecas norte-americanas, que como rastilho de pólvora alterou as condições do crédito no mundo globalizado. Isso além de implicar a redução do emprego no seguimento imobiliário dos EUA que atuará como indutor de demanda daquele país, que contaminou com sua crise a economia como um todo, levando a locomotiva mundial a adotar um ritmo mais lento que afetou o mundo globalizado.

A redução da demanda mundial não justifica a produção que assim desemprega tanto o fator capital e como o trabalho, sendo que deste último a mídia é abastecida com más notícias que deixam as expectativas ainda mais negativas, o que acaba por contribuir para um aprofundamento da crise. São vários os setores que anunciam demissões, em quantidades que causam arrepios, mas apenas para ficar nos setores automobilístico e eletrônico das duas principais economias mundiais, para sentir a intensidade do drama, nos EUA a General Motors busca já com certo desespero crédito público, e mesmo assim planeja demitir 47000 colaboradores em torno do mundo; a Ford pensa em relação a 8000, e Chrysler em torno de 30000. Já no Japão, segunda maior economia do mundo, empresas como Honda, maior produtora de carros japoneses, Toyota,Yamara, Nissan, NEC, Hitachi, Panasonic e Pionner, pretendem demitir em torno do globo respectivamente: 3100 funcionários, 23500, acima de 1000, 20000, 20000, 7000, 25000 fechando 27 unidades pelo mundo, e por fim fechará 10 fábricas dispensando 10000 dos seus quadros.

Sem dúvida, são duros ajustes que demonstram que as empresas não passam por mera bolha de recessão, mas sim um período recessivo que talvez leve alguns meses para se reposicionar a partir dos vários programas de recuperação econômica para o mundo. Há que se esperar para ver.



27 de fevereiro de 2009


Gilberto Brandão Marcon,Professor da UNIFAE, Presidente do IPEFAE, Economista, pós-graduado em Economia de Empresas, com Mestrado Interdisciplinar em Educação, Administração e Comunicação.

A Tendência a Defasagem das Aposentadorias acima de um Salário Mínimo




Hoje, ao tratar da questão da aposentadoria paga pela Previdência Social Pública a população em geral tem que dividi-la em duas, o grupo dos que se aposentaram com o salário mínimo e o outro composto por aqueles que o fizeram em uma maior quantidade de salários. No que tange o primeiro grupo, predominante a maioria, há que se reconhecer o atual esforço de recuperação do salário mínimo, que implica definir reajuste no mesmo acima da inflação, portanto, acréscimo real de salário. Eis que a política descobriu a grande massa de trabalhadores brasileiros que vivem com o salário mínimo, assim como parcela predominante dos aposentados, o eleitorado em potencial a ser cativado. Entretanto, melhor assim, é a força eleitoral se impondo em prol da sociedade.

O mesmo, porém, não ocorre com o grupo de aposentados que percebem acima de um único salário. Aqui a primeira coisa a se dizer é que isto ocorre porque seus componentes, quando na ativa, recolheram maiores montantes aos cofres da Previdência. Para estes, embora o governo se proponha a repor a inflação, não traz o benefício do ganho real do salário mínimo, o que significa dizer que ao longo do tempo a quantidade de salários com que tal indivíduo se aposentou será cada vez menor tendendo a tornar-se um único salário.

Para não irmos longe citemos os dados inerentes ao que vem ocorrendo nesse sentido desde a posse do governo Lula, quando o salário mínimo era de 200R$. Neste caso admitamos que no mesmo momento um cidadão se aposentou com o montante de 600R$, portanto, três salários mínimos. O que se viu depois foi que o mínimo subiu 132%, enquanto que as aposentadorias acima do mínimo foram reajustas em 60%. O resultado é que o mínimo atingiu 465, enquanto que o suposto beneficio de R$600 passou para R$ 938,47, ou seja, em números de salários o beneficiário em questão passou a receber 2,16 salários mínimos, o que confirma a tese aqui proposta de que aqueles que se aposentaram acima do mínimo tendem a ter seus benefícios reduzidos a um salário. Não se trata de uma questão ocasional, mas estrutural; da forma que vem ocorrendo este será o resultado.

Agora pergunto: alguém que ganhava três salários tinha o mesmo padrão de vida de quem ganhava um? Sendo objetivo do governo valorizar quem percebe o salário, não é o caso de fazê-lo com aqueles que pagaram ao longo da vida por benefício diferenciado? Qual seria a razão desta generosidade pública parcial? Talvez seja porque o grupo aí representado seja bem menor, e como tal sua densidade eleitoral não seja a mesma. No mais, que pode o aposentado fazer? Greve?

O que acaba acontecendo é sua queda de padrão de vida, o que se poderia levar a pensar que o sujeito vivia muito bem, mas é ledo engano, conforme a idade avança a saúde tende a ficar mais vulnerável. E desde jovem o cidadão brasileiro sabe que se quer ter algum tipo de atendimento decente deve pagar um plano de saúde, porém estes por essa época da vida começam a subir acima da inflação, com acréscimos reais conhecidos pela tal “mudança de faixa”. Assim, justamente quando precisa, e quando está mais vulnerável economicamente, o cidadão passa a ter dificuldades de manter seu plano de saúde. Neste caso passa a ser uma espécie de entulho comercial, afinal se esquece todo o lucro que deu no passado para pensar que no curto prazo pode dar prejuízo, eis aí uma boa razão para se dar ganho real para todos os aposentados, suas despesas neste caso sofre ganho real. Talvez um dia algum burocrata descubra, se é que já não sabe, que o cidadão pagou pelo plano quando tinha saúde, mas que vai obrigatoriamente sobrar para o sistema público quando estiver velho e doente.

E para não sairmos da questão da saúde, citemos o preço dos remédios, os melhores fregueses das farmácias são os mais velhos, certamente não consomem remédio por conta do seu sabor especial, mas por necessidade. Quanto a isto também se sabe que a indústria farmacêutica é do tipo oligopólio, o que implica dizer que consegue impor seus preços, ou seja, basta verificar que eles também sobem acima da inflação, e nisto haveria mais uma razão para o governo compensar os aposentados. Dar-lhes a inflação significa não lhes repor a renda se considerarmos apenas estas duas despesas citadas. Eis, portanto, uns poucos argumentos para defender que a quantidade de salários seja mantida. Não vamos citar aqui a remuneração e aposentadoria da classe política, pois levaria o caso para o campo da crueldade.

O fato é que o aposentado não dá o braço a torcer, e este pessoal acaba indo à luta para complementar a renda, e passa a ocupar vagas de trabalhos que não serão preenchidas por jovens que, sem emprego e marginalizados, acabam descobrindo outras formas de renda menos ortodoxas como o tráfico de drogas e a prostituição. Dramático, não? Mas este é o nosso Brasil, que não sabe proteger seus jovens e seus velhos. E o mais interessante é que jovem, ou ainda seremos ou já fomos, e idoso, quem conseguir avançar nos anos virá a ser, de modo que como sociedade e governo haveremos de ser algozes e vítimas de nós mesmos.



27 de fevereiro de 2009


Gilberto Brandão Marcon,Professor da UNIFAE, Presidente do IPEFAE, Economista UNICAMP, pós-graduado em Economia de Empresas UNIFAE, com Mestrado Interdisciplinar em Educação, Administração e Comunicação UNIMARCO.